Outro dia quando me deparei novamente com um desses formulários de cadastros da internet onde temos que preenchê-los com os nossos dados pessoais – creio que assim como eu, muitas pessoas já esbarraram naquele campo que pede para selecionarmos uma pergunta e assim fornecermos uma resposta “secreta”. Onde apenas você que está selecionando-a sabe, teoricamente, qual é a tal resposta.
As perguntas mais freqüentes que encontramos são: Qual o nome da sua primeira professora? (Quem souber responder essa se considere um (a) personagem histórico (a)!!!); Qual o seu primeiro número de telefone? (opa! Para quem é da nova geração essa tá fácil!); Qual o nome do seu melhor amigo de infância? Qual o nome do seu cachorro de estimação? Enfim, dentre tantas e tantas opções de perguntas, onde apenas citei uns exemplos acima, uma delas realmente chamou muito a minha atenção: Quem é o seu personagem histórico favorito? De imediato, sem hesitar, escolhi esta pergunta e digitei rapidamente a minha resposta: JESUS. Quem, na verdade, é maior do que Ele, não é? Ninguém.
Contudo, a minha mente começou a vaguear e comecei a me questionar: Jesus, apenas um personagem histórico que pode ser colocado como uma resposta a uma pergunta assim como outros nomes da história? Não. Jesus não é apenas um personagem histórico! Só Ele dividiu a história; só Ele fez tantos milagres e prodígios que não caberiam em todos os livros do mundo inteiro (Cf. João 21:25).1 Mas, espere! Jesus é também o nosso Senhor e Salvador das nossas almas (Cf. 2 Pe 3:18)!2 Como seria maravilhoso se todos nós vivêssemos acreditando no Salvador Jesus Cristo e não apenas no personagem histórico.
O Jesus como personagem é importante para marcar a história da humanidade e assim para que muitos possam crer realmente em seus milagres e feitos e posteriormente terem uma mudança de vida através do seu testemunho e exemplo. Contudo, o que estamos testemunhando hoje é que a maioria está vivendo e estão sendo mais devotos do Jesus como personagem histórico que propriamente como o Salvador, o Redentor. Mas, como assim? É simples de compreender. A motivação de diversos cristãos, inclusive da classe sacerdotal, vamos falar aqui especificamente da igreja brasileira, está posta em coisas, aspectos e atributos relativos mais a própria humanidade que a Deus e a Jesus.
O que é pregado na maioria das igrejas do Brasil não é nem sombra do evangelho da salvação deixado para impactar o mundo. É incrível como o nome de Jesus só é anunciado esporadicamente nas pregações para angariar e motivar alguns irmãos a contribuírem com todo o seu dinheiro que certamente foi conquistado com muito suor durante o mês de trabalho e também com os seus bens seja parte deles ou todos eles em prol da conquista de algo maior e de uma libertação espiritual que só virá através deste “sacrifício”.
Que o evangelho pregado hoje virou um negócio altamente lucrativo, não é novidade. Mas o que mais impressiona é como os cristãos estão sendo doutrinados sejam eles novos ou velhos na fé. Não se prega mais sobre o contexto de Jesus e da Bíblia. As pessoas estão se conformando em apenas saber quem é Jesus e ouvir falar dele, mas não querem viver o que é proposto por Ele. O livro de Provérbios cap. 29, v. 18, é bem claro ao falar que Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado. Onde estão os profetas do Senhor nos dias de hoje? Cadê aquele povo que foi escolhido a dedo por Deus para impactar o mundo e anunciar a mensagem da salvação aos fracos e oprimidos? Estamos desfalecendo por estarmos sendo influenciados pelo mundo onde deveríamos ser o motor propulsor disposto a levar as boas novas e a influenciá-lo.
O fim está próximo e isso é notório! Gerações e gerações passaram e esperaram pela volta do nosso Salvador que virá com grande glória, júbilo, majestade e resplendor nos céus, mas nunca foi tão latente a certeza de que Ele está às portas. Não é mais tempo de servirmos a um Jesus apenas histórico que é muitas vezes a simples terminação de uma frase como: Em nome de Jesus! É tempo de atendermos ao nosso chamado de profeta; é tempo de renunciar as coisas deste mundo e se apegar mais as coisas de Deus. Chega de colocar o defeito, a culpa nos outros e assumirmos as nossas falhas como pessoas que querem não apenas ser conhecedoras de Jesus, mas, sim, ser conhecidos dEle! De que adiantará ter fé se ela não gerar obra nenhuma? A fé sem obras é morta! Logo se cremos em Jesus devemos viver como Ele viveu, andar como Ele andou, ser santo assim como Ele é.
Dinheiro, bens, paixões, tudo isso passará quando o Redentor vier para buscar o seu povo, a sua noiva, a sua igreja. E você está se preparando para a volta do amado das nossas almas?