Nasci num lar católico e desde pequeno cresci na doutrina da igreja, fui batizado e depois fiz a primeira comunhão e comecei a aprender o catecismo. Uma das coisas que foi ensinado é que fora da igreja católica não há salvação e que todos os católicos deveriam seguir todos os sete sacramentos para ajudar na caminhada cristã colaborando com a salvação (batismo, crisma, eucaristia, confissão, unção dos enfermos, ordem e matrimônio).
Estava pensando com os meus botões, como algumas igrejas evangélicas estão levando esse peso para os seus membros, como institucionalizaram a salvação e a vida cristã através de ritos e costumes onde muitos deles fogem aos preceitos da palavra de Deus. Quando me converti em meados de 2001 ou 2003 (não sou muito bom de datas) fiquei meio assustado com o ativismo na igreja (células, discipulado, encontro, pós-encontro, escola de vencedores, reuniões, campanhas, celebraçoes e etc e etc) fora todo tipo de eventos, tudo em nome de Deus, do crescimento, da obediência e outras desculpas eclesiásticas que ajudariam no "crescimento espiritual" .
Hoje já não faço mais parte dessa congregação na qual me converti ou me convenci e posso me dar ao luxo de refletir do meu papel dentro da igreja e do papel dela na minha vida, como já falei anteriormente a igreja tornou-se uma instituição formal cheia de ritos que são impostos como algo necessário para um propósito final. Em algumas igrejas esse propósito poderia ser a salvação e em outras nem esse assunto é levantado em questão, mas podemos dizer que para alcançar bênçãos lista-se um monte de preceitos a serem realizados a fim de alcançar esse objetivo.
Porem estava lendo uma passagem no evangelho de Lucas capitulo 23 versículos 39 ao 43:
E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
E disse a Jesus: Senhor lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
O sacrifício da cruz é loucura para os homens, como pode um ladrão que por ter recebido tal castigo deve ter feito as maiores atrocidades, pois é um fato histórico que os romanos só condenavam a crucificação os casos de crimes graves. Esse ladrão recebeu a promessa de salvação da boca do próprio Cristo, sem provavelmente nunca ter ido a um culto, nunca participou de uma ceia, nunca fez campanha, nunca fez vigília, nunca fez seminário, nunca foi batizado, nunca participou de congressos, resumindo, nunca fez nada que estamos comumente acostumados a ver na maioria das igrejas. Ele apenas reconheceu o Cristo crucificado, aquele que não tinha nenhuma acusação imputada, mas que levava consigo as nossas transgressões, isto se chama Graça, algo que nunca vamos obter por méritos próprios e sim por causa da misericórdia Divina.
O tal bandido ganhou, na minha concepção, a maior benção que um homem pode ter, a promessa da vida eterna apenas com o simples “esforço” de reconhecer a Cristo.
A Cruz de Cristo é ou não é loucura para os homens?
Pense nisso,
Ronivaldo Brandão.
Pensando na loucura da Cruz.
Maravilhoso seu testemunho e sua reflexão sobre a Cruz de Cristo Ronivaldo. Falta reconhecimento mesmo, e senso deste significado.
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